Comes, plural
comites, por vezes traduzido para
conde (; ; plural:
comites) foi um termo de origem latina empregado para designar o conselheiro pessoal ou retentor de um
imperador ou rei bárbaro. Durante o reinado de
Constantino I , mais precisamente a partir de 312, o termo adquiriu um sentido técnico, sendo inicialmente referido como "conde dos nossos domínios" (
comes domini nostri) ou "conde dos domínios do Augusto" (
comes Augustorum nostrorum).
O termo foi empregado para oficiais de diferentes posições (
ordines). Como um título honorífico, foi outorgado para alguns dos mais altos funcionários do Estado, tais como o
mestre dos ofícios (
magister officiorum) e
questor, e com o tempo tornou-se parte das denominações burocráticas, nas formas de
conde dos tesouros sagrados (
comes sacrarum largitionum) ou
conde da fortuna privada (
comes rerum privatarum). Estes, por se tratarem do alto-escalão dos oficiais, eram genericamente designados condes consistorianos (
comites consistiriani), havendo, como contraste, alguns condes que não foram membros do consistório.
Havia também os condes designados para administrarem as províncias imperiais, como o
conde da África (
comes Africae) ou o
conde do Egito (
comes Aegypti), enquanto outros desempenhavam funções fiscais ou econômicas ou atuavam como guardiões ou superintendentes. Mais adiante, durante o
Império Bizantino, o título de conde continuou a existir em sua forma grega (
komes) e foi empregado para designar oficiais incumbidos com várias funções, como o conde das águas (
komes hydaton), o
conde da tenda (
komes tes kortes), etc. O termo conde também foi empregado neste momento para oficiais subalternos das unidades do
exército e da
marinha.