Clifford Brown (
Wilmington,
30 de Outubro de
1930 –
Bedford,
26 de junho de
1956) foi um trompetista de jazz estadunidense. Recebeu o seu primeiro trompete quando passou para o 10º ano de escolaridade, em
1945. Graças a esta prenda do pai, Clifford entrou na banda da escola pouco tempo depois. Um ano mais tarde, o misterioso mundo dos acordes de jazz muda e a improvisação de
Brownie começa a ser notada, especialmente pelo músico e entusiasta de jazz
Robert Lowery. O adolescente trompetista começou a participar nos primeiros
gigs na Filadélfia, quando se graduou, em
1948. No mesmo ano, entrou para a Maryland State College com uma bolsa de estudos musicais, mas houve um pequeno senão: a faculdade estava momentaneamente sem um departamento de música.
Brownie permaneceu de qualquer modo um ano na faculdade, a estudar matemática, e no seu pouco tempo livre tocava ao lado de figuras importantes da bop como Kenny Dorham,
Max Roach, J.J. Johnson e
Fats Navarro. Este último, inclusive, bastante impressionado com as suas potencialidades, inspirou e encorajou-o. Teve então a oportunidade de entrar para uma faculdade com um bom departamento de música e uma boa banda com 16 elementos. Desta forma pode aprender muito a respeito da execução instrumental e arranjos musicais, no entanto, em uma certa noite de Junho de
1950, quando após um concerto, a caminho de casa, envolveu-se no primeiro de 3 acidentes automobilísticos, o último dos quais viria a verificar-se fatal. Durante um ano, entre 1950-51, Clifford Brown teve poucas oportunidades de praticar. Após umas palavras de encorajamento de
Dizzy Gillespie, decidiu continuar a sua carreira musical. Teve o seu próprio grupo na Filadélfia por uns tempos, e posteriormente juntou-se ao combo de Chris Powell e depois a
Tadd Dameron em
Atlantic City. Seguiu-se então um
tour pela
Europa em Outono de
1953 ao lado de
Lionel Hampton. Em
1954, ganhou o prémio da crítica
Down Beat como a nova estrela do ano. Mudando-se para a Califórnia, formou uma aliança com
Max Roach, a qual durou até à sua morte prematura, em
26 de Junho de
1956, a praticamente 4 meses do seu 26º aniversário. Se durante os seus últimos 2 anos de vida, gozou de um grau de reconhecimento quase incomensurável, que decerto merecia, também seria de prever que este reconhecimento se transformaria em poucos anos no pináculo da fama do jazz.