O
cedro-do-himalaia (
Cedrus deodara), também designado como
cedro-deodara ou, apenas,
deodara, é uma espécie de cedro nativo do
Himalaia ocidental ao
Afeganistão ocidental,
Paquistão setentrional,
Caxemira, noroeste da
Índia, extremidade sudoeste do
Tibete e
Nepal ocidental, ocorrendo a altitudes entre os 1500 e 3200 m. É uma árvore conífera de grande porte, que chega a atingir 40 a 50 m de altura, excepcionalmente 60 m, com um tronco que pode medir até 3 m de diâmetro. Tem uma copa cónica, com ramos nivelados e lançamentos pendentes. As
folhas são aciculares (com forma de agulha) geralmente com 2,5 a 5 cm de comprimento, por vezes atingindo os 7 cm, finas (1 mm de diâmetro), isoladas nos macroblastos (ramos maiores) e em tufos ou pincéis densos com 20 a 30 nos braquiblastos (ramos menores); variando do verde-brilhante ao glauco verde-azulado. Os
estróbilos têm a forma de barril, com 7 a 13 cm de comprimento e 5 a 8 cm de diâmetro, desintegrando-se após a maturação (12 meses após a polinização) de forma a libertar as sementes aladas. As
inflorescências masculinas medem de 4 a 6 cm de comprimento, libertando o
pólen no outono.
O cedro-do-himalaia é uma árvore ornamental apreciada pela elegância do seu porte, sendo frequente usada em parques e grandes jardins devido à sua folhagem pendente. É uma árvore que só se desenvolve convenientemente, contudo, onde os invernos não sejam muito rigorosos, não devendo ser submetida a temperaturas abaixo dos 25º Celsius negativos. As variantes mais tolerantes ao frio são originárias da zona setentrional da sua área de distribuição, na Caxemira e na província de
Paktia, no Afeganistão. Em Portugal nem sempre se desenvolve da melhor forma já que exige um clima um pouco mais húmido.
O seu nome
deodara deriva da latinização do nome em
sânscrito, 'devadara', que significa madeira dos deuses.