Carlos de Bourbon, Conde de Molina, nascido
Carlos María Isidro Benito de Borbón (
Aranjuez, —
Trieste, ), conhecido na literatura lusófona pela designação de
Infante Carlos de Bourbon, foi o pretendente ao trono de
Espanha que esteve na origem do
carlismo e das guerras carlistas que dilaceraram aquele país durante boa parte do
século XIX.
Infante de Espanha, era filho de
Maria Luísa de Parma e de
Carlos IV e irmão de
Fernando VII de Espanha. Nascido no
Palácio Real de Aranjuez, foi obrigado, em consequência das
Guerras Napoleónicas, a viver, com os seus irmãos, prisioneiro dos franceses entre
1808 e
1814 no
Castelo de Valençay. Em 1814 regressou com o resto da família real para Madrid e jurou a
Constituição Espanhola de 1812. Em Setembro de 1816 casou com a sua sobrinha, a infanta de
Portugal D.
Maria Francisca de Bragança, filha do rei D.
João VI de Portugal e de D.
Carlota Joaquina de Borbón, irmã de seu pai, da qual teve três filhos. Casou em segundas núpcias com D.
Maria Teresa de Bragança, a
Princesa da Beira, irmã da sua primeira esposa, não deixando descendência deste casamento. Carlos era um católico fervoroso. Acreditava na sucessão legítima, pelo que apesar de repetidamente incentivado pelos seus partidários a pegar em armas contra o seu irmão, sempre lhe foi fiel. Após a morte do irmão, embora nunca tenha verdadeiramente reinado, foi intitulado de Carlos V pelos partidários do chamado ramo
carlista, tendo mantido uma longa luta contra os apoiantes de sua sobrinha. Adoptou no final da sua vida, após renunciar a favor do filho, o título de
Conde de Molina.