Nos antecedentes da revolta, havia uma mobilização da província do Grão-Pará para expulsar forças reacionárias que desejavam manter a região como colônia portuguesa. Muitos líderes locais da elite fazendeira, ressentidos pela falta de participação política nas decisões do governo brasileiro centralizador, também contribuíam com o clima de insatisfação após a instalação do governo provincial.
A revolta teve início em
6 de janeiro de
1835 quando o quartel e o palácio do governo de
Belém foram tomados por
tapuias, cabanos, negros e índios liderados por Antônio Vinagre. O então presidente da província foi assassinado e instituiu-se um novo presidente,
Clemente Malcher; a tomada de poder promoveu uma apoderação de material bélico por parte dos grupos revolucionários. Malcher, no entanto, mais identificado com as classes dominantes, foi rapidamente deposto. Sucedeu-se um conflito entre as tropas dele e as do líder dos cabanos,
Eduardo Angelim, tendo estas saído vitoriosas. O frágil e instável controle cabano do Grão-Pará durou cerca de dez meses.