Brites de Albuquerque (Portugal, ? — Pernambuco, ?) foi mulher do
donatário da
Capitania de Pernambuco,
Duarte Coelho Pereira. Nascida em
Portugal, era filha de
Lopo de Albuquerque e Joana de Bulhão. Brites, ou Beatriz, como era também chamada, fazia parte da poderosa família dos Albuquerque, arrolados entre os “barões assinalados” do poema
Os Lusíadas, sendo sobrinha de
Afonso de Albuquerque. Chegou ainda jovem a
Pernambuco (
9 de Março de
1535), acompanhando o seu marido,
Duarte Coelho Pereira, que recebera a posse da Capitania, por doação de el-Rei
D. João III. Além da esposa, Duarte Coelho teria partido para o Brasil acompanhado de seu cunhado,
Jerônimo de Albuquerque.
Por volta de
1553, quando o marido retorna a Portugal, acompanhado dos filhos do casal,
Duarte Coelho de Albuquerque e
Jorge de Albuquerque Coelho, Dona Brites assume interinamente o
governo da capitania, assistida por seu irmão, Jerônimo de Albuquerque, que se havia estabelecido na região e casado com a índia
tabajara Tindarena ou Tabira, depois batizada Maria do Espírito Santo Arcoverde. Jerônimo ficaria conhecido como o “Adão pernambucano”, por ter deixado vastíssima descendência por todo o Brasil e especificamente na região Nordeste.
Com a morte de seu marido, Duarte Coelho (1554) em Portugal, ela própria ocupará o cargo, com a ajuda de seu irmão, Jerônimo de Albuquerque. sendo que a designariam por «capitoa». Dona Brites assumiu, assim, todas as honras e obrigações adjacentes ao título, o qual manteria até a maioridade do seu filho mais velho,
Duarte Coelho de Albuquerque, que estudava em Portugal, juntamente com seu irmão
Jorge de Albuquerque Coelho. Quando ambos chegam ao Brasil, em
1560, Duarte assume o governo de Pernambuco, mas tão somente até
1572, data em que terá sido chamado de regresso a Portugal. Duarte e Jorge são incorporados à armada do rei
D. Sebastião, que avançava sobre a
África. Ambos são gravemente feridos após a
batalha de Alcácer-Quibir, em
4 de agosto de
1578, e nunca mais retornariam ao Brasil. Assim, uma vez mais, Dona Brites ficará no comando das terras pernambucanas, exercendo essa função até o fim de sua vida.