Bolsa Escola foi um programa de transferência de renda com condicionalidades
brasileiro. Vindo de discussões e debates acadêmicos desde o início dos anos 1980, com forte engajamento do sociólogo
Herbert José de Sousa, o Betinho, foi configurado como projeto de governo em proposta realizada por
Cristovam Buarque do
PT - Partido dos Trabalhadores, enquanto reitor e professor da
UnB no ano de 1986, cujo objetivo era pagar uma bolsa às
famílias de
jovens e crianças de baixa renda como estímulo para que essas frequentassem a
escola regularmente. O objetivo maior era substituir ajudas humanitárias esporádicas de governos, como cestas básicas, por um sistema compensatório de distribuição direta de renda ao estrato mais pobre da população, mais prático e objetivo e imune a corrupção.
Foi implantado em janeiro de 1995 em
Campinas, durante o governo do prefeito
José Roberto Magalhães Teixeira do
PSDB -
Partido da Social Democracia Brasileira. Posteriormente, com uma diferença de apenas 5 dias, foi implantado em
Brasília pelo Governo do Distrito Federal, então chefiado por
Cristovam Buarque, na época ainda no
PT. Buarque deixou o partido em 2004, quando era Ministro da Educação, posteriormente se filiando ao
PDT, onde milita até hoje. A lei de Campinas foi aprovada na Câmara Municipal em 6 de janeiro de 1995 e regulamentada em 18 de abril, quando os primeiros benefícios começaram a ser pagos. Já em Brasília, o decreto foi assinado em 11 de janeiro de 1995 e os primeiros benefícios começaram a ser pagos em maio. Finalmente, o
Bolsa Escola federal foi implementado em
2001 pelo governo de
Fernando Henrique Cardoso. Chegou a beneficiar mais de 5,5 milhões de famílias em um total de 45 milhões de pessoas em todo o Brasil quando, em
2003, foi incorporado ao
Programa Bolsa Família pelo presidente
Lula.