Napoleão tinha pensado em invadir o Egipto, a primeira fase de uma campanha contra a
Índia Britânica, cujo objectivo central era expulsar os britânicos das
Guerras revolucionárias francesas. À medida que a frota de Napoleão atravessava o Mediterrâneo, ia sendo perseguida por uma força britânica liderada por Nelson, enviada pela frota britânica do
rio Tejo, para saber qual o propósito da expedição francesa e derrotá-la. Durante mais de dois meses, Nelson perseguiu os franceses que, em algumas ocasiões lhes escaparam por uma diferença de poucas horas. Napoleão, consciente da presença de Nelson, fez tudo para garantir o total segredo sobre o seu destino, conseguindo capturar
Malta e, de seguida, desembarcar no Egipto sem qualquer intervenção da força britânica.
Depois de desembarcadas as forças francesa, a frota ancorou na baía de Aboukir, um local a 32 km de Alexandria, numa posição que, acreditava o seu comandante,
vice-almirante François-Paul Brueys d'Aigalliers, estabelecia uma formidável posição defensiva. Quando a frota de Nelson chegou ao largo do Egipto a 1 de Agosto, e descobriu a frota de Brueys, ordenou que se atacasse de imediato, e os seus navios avançaram para a linha francesa. Conforme se iam aproximando, separaram-se em duas divisões, uma das quais passou pela parte inicial da linha navegando entre os navios franceses ancorados e a linha de costa, enquanto a outra atacava o lado virado para o mar da frota francesa. Encurralados num fogo-cruzado, os navios franceses da frente foram forçados a render-se após uma dura batalha de três horas, enquanto os do centro conseguiram repelir o ataque inicial britânico. Com a chegada dos navios de reforço britânicos, a força francesa ao centro ficou, de novo, debaixo de ataque, e, às 22h00, o
navio-almirante francês,
Orient, explodiu. Com Brueys morto e a zona frontal e central da linha francesa derrotada, a retaguarda da frota francesa tentou fugir da baía mas, no final, apenas dois
navios-de-linha e duas
fragatas, conseguiram escapar, de um total de 17 navios.