A
Batalha de Cízico foi um
confronto militar travado em
193 d.C., nos arredores da cidade de
Cízico, na
Ásia Menor, entre as forças do
imperador romano Septímio Severo e as tropas de seu rival pelo governo do
Império Romano, o
usurpador Pescênio Níger no "
ano dos cinco imperadores". O
exército de Septímio foi liderado por Tibério Cláudio Cândido, que havia cruzado o
Bósforo, contra o de Pescênio, comandado pelo seu legado, Asélio Emiliano, que acabou por perder a vida; após sua morte as tropas, debandadas, fugiram rumo ao leste, para se unir a Níger.
A batalha ocorreu no contexto do
Ano dos Cinco Imperadores, um período tumultuado na história do Império, em que o imperador
Pertinax foi assassinado pela
Guarda Pretoriana, que realizou então um
leilão pelo trono - leilão este que foi vencido foi
Dídio Juliano, coroado então imperador. A atitude revelou-se impopular, e o direito ao trono imperial passou a ser disputado por Septímio Severo,
governador da
Panônia Superior, Pescênio Níger, então governador da
província da
Síria - que contava com o apoio das tropas do Oriente - e
Clódio Albino, governador da
Britânia, que contava com o apoio das tropas do Ocidente do Império.
As legiões danubianas de Severo, lideradas por Cândido, rumaram rapidamente para o Oriente; lá, Níger tinha assegurado o controle de
Bizâncio, e inclusive destacara algumas tropas, sob o comando de Emiliano, para defender a costa meridional do
mar de Mármara, procurando assim vedar às tropas de Severo a passagem para o leste. Cândido, no entanto, conseguiu passar pelo estreito, e confrontou o próprio Emiliano em batalha, derrotando-o e o matando. Níger, ainda em Bizâncio, sob cerco do
general Mário Máximo, foi obrigado a fugir para
Niceia, onde acabou por ser finalmente derrotado (batalha de Niceia).