Barton Fink (no
Brasil,
Barton Fink: Delírios de Hollywood) é um
filme independente dos
Estados Unidos da América de
1991 escrito, dirigido, produzido e editado pelos irmãos
Joel e Ethan Coen. Situado em
1941, é estrelado por
John Turturro no papel-título como um jovem
dramaturgo de
Nova Iorque, que é contratado para escrever roteiros para um
estúdio de cinema em
Hollywood, mas que passa a sofrer um bloqueio impedindo-o de desenvolver suas idéias.
John Goodman interpreta Charlie, o vendedor de seguros que vive ao lado do Hotel Earle.
Judy Davis, Michael Lerner,
John Mahoney,
Tony Shalhoub, Jon Polito e
Steve Buscemi completam o elenco. Os irmãos Coen escreveram o roteiro em três semanas, enquanto enfrentavam dificuldades durante a escrita de
Miller's Crossing. Logo após terminarem
Miller's Crossing, os irmãos Coen começaram a filmar
Barton Fink, que teve sua estreia no
Festival de Cannes em maio de 1991. Em um alcance raro,
Barton Fink ganhou a
Palma de Ouro, bem como prêmios de e (Turturro). Apesar de ter sido celebrado quase universalmente pela crítica e indicado a três
Oscars, o filme arrecadou pouco mais de seis milhões de dólares nas bilheterias, dois terços do seu orçamento estimado. O processo de escrita e da cultura de produção de entretenimento são dois temas importantes de
Barton Fink. O mundo de
Hollywood é contrastado com o da
Broadway, o filme analisa distinções superficiais entre
alta e baixa cultura. Outros temas do filme incluem o
fascismo e a
Segunda Guerra Mundial, a
escravidão e as condições de trabalho nas indústrias criativas, e como se relacionam os intelectuais com "o homem comum". Devido à diversidade de elementos, o filme tem desafiado os esforços de classificação de gênero, sendo diversas vezes referido como um
filme noir, um
filme de horror, um
Künstlerroman, e um filme de amigos.
A abandonada e surreal atmosfera do Hotel Earle foi fundamental para o desenvolvimento da história, e cuidadosa deliberação entrou em seu design. Há um forte contraste entre os aposentos de Fink e os polidos arredores intactos de Hollywood, especialmente a casa de Jack Lipnick. Na parede do quarto de Fink paira uma única imagem de uma mulher na praia, o que capta a atenção de Barton, e a imagem reaparece na cena final do filme. Embora a imagem e outros elementos do filme (incluindo uma misteriosa caixa dada por Charlie a Fink) aparecem carregados de simbolismo, os críticos discordam sobre seus possíveis significados. Os irmãos Coen têm reconhecido alguns elementos simbólicos intencionais, mas negaram uma tentativa de comunicar alguma mensagem holística.
O filme contém alusões a muitos eventos e pessoas reais, principalmente os escritores
Clifford Odets e
William Faulkner. As personagens de Barton Fink e W. P. Mayhew são amplamente vistas como representações ficcionais desses homens, mas os irmãos Coen salientam diferenças importantes. Eles também admitiram paródias de magnatas do cinema como
Louis B. Mayer, mas note que tribulações agonizantes de Fink em Hollywood não são feitas para refletir suas próprias experiências.