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Associação Patriótica Católica Chinesa
A Associação Patriótica Católica Chinesa é um organismo estatal fundado em 1957 pelo Governo da República Popular da China (RPC), com o objectivo de controlar e supervisionar as actividades dos católicos chineses. Este organismo governamental pretende implementar "os princípios de independência e autonomia, autogestão e administração democrática" na Igreja Católica chinesa . Para o Magistério da Igreja Católica, esta intenção do Governo chinês "é inconciliável com a doutrina católica, que desde os antigos Símbolos de fé professa a Igreja « una, santa, católica e apostólica »" .

A Associação Patriótica, cujos alguns membros nem são católicos, não reconhece a autoridade do Papa, incluindo o seu direito de nomear bispos, que é considerada por ela como uma interferência estrangeira nos assuntos internos da China. Por esta razão, a Associação Patriótica nomeia os seus próprios bispos e padres. Mas, a maioria destes nomeados acabaram por, muitas vezes clandestinamente, pedir a aprovação da Santa Sé e a comunhão total com o Papa, o que lhes foram concedidos pela Santa Sé e o que lhes conferem legitimidade. Aqueles que não quiseram o reconhecimento da Santa Sé (a minoria) "devem ser considerados ilegítimos, mas validamente ordenados, sempre que se tenha a certeza de que receberam a ordenação de Bispos validamente ordenados e que foi respeitado o rito católico da ordenação episcopal. Estes, portanto, embora não estejam em comunhão com o Papa, exercem validamente o seu ministério na administração dos sacramentos, mesmo que de modo ilegítimo". Logo, os padres ordenados por estes bispos ilegítimos também são considerados válidos .

Aqueles que não quiseram ser controlados por esta Associação estatal tiveram que praticar a sua religião clandestinamente, formando as chamadas Igrejas subterrâneas. Estas Igrejas particulares clandestinas têm os seus próprios padres e bispos, que reconhecem a autoridade do Papa como seu supremo Chefe e que foram ordenados legítima e validamente. Porém, como é de esperar, estas Igrejas ilegais, nomeadamente os seus clérigos, são ainda perseguidos pela Associação Patriótica e pelo Governo chinês .


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