O período de desenvolvimento deste estilo coincide com aquele que os historiadores da economia designam de
Revolução Industrial. Neste período, tal como verificara noutros momentos de crise, o retorno às raízes artísticas da civilização ocidental, a antiguidade greco-romana, parece ser a solução para encontrar a estabilidade e as possibilidades de progresso. Observa-se, na área da arquitetura, que nesse período começam a destacar-se os problemas da prática de construção. O espírito iluminista, aplicado ao repertório da tradição renascentista, recolhe naquelas formas dois princípios fundamentais: a correspondência com os modelos da arquitetura antiga grega e romana, e a racionalidade das próprias formas assimiladas a elementos arquitectónicos tradicionais e elementos de construção.
Esta corrente artística do estilo neoclássico, desenvolveu-se desde metáde do
século XVIII até aos inícios do século XIX (aproximadamente entre 1755 e 1830), e foi difundido por todos os
países ocidentais, e não deixou de ter influência na produção arquitectónica da
Rússia,
Estados Unidos e
América Latina. Apesar de se tratar de um fenómeno internacional, a arquitetura neoclássica foi caracterizada por diferentes correntes conforme a época e as diferentes tradições estabelecidas anteriormente nos vários países. Neste sentido, torna-se difícil conceber uma periodização rigorosa: na verdade, o neoclassicismo, não só se enquadra numa extensa corrente fundada sobre o estudo da arquitetura clássica (já a partir da
arquitetura do século XVI), como se manteve em voga durante todo o século XIX, caracterizada no decorrer do
eclectismo e, eventualmente, deixando os seus traços na arquitetura dela decorrente (ver, por exemplo,
monumentalismo).