O
Amanita muscaria, conhecido como
agário-das-moscas ou
mata-moscas (em Portugal também como
rosalgar,
mata-bois ou
frades-de-sapo) é um
fungo basidiomiceto natural de regiões com clima
boreal ou
temperado do
hemisfério norte. Possui propriedades
psicoativas e
alucinógenas em humanos. Segundo o psiquiatra Alfredo Cataldo Neto a literatura especializada aponta principalmente a presença de três componentes ativos, o
ácido ibotênico,
muscimol e a
bufotenina. Este autor ainda aponta que os efeitos do uso deste fungo tem início cerca de 15 minutos após sua ingestão, quando o usuário pode apresentar vertigem, confusão mental, náusea, secura na boca e o sentimento de estar crescendo. Este desconforto aos poucos vai dando lugar a um sono leve, no qual a pessoa experimenta visões e imagens oníricas. O pesquisador
Robert Gordon Wasson sugeriu que o cogumelo está associado ao
Soma, bebida sagrada dos
Vedas, nos mais antigos textos religiosos. A bebida é citada nos hinos do
Rigveda, que foi escrito por volta de
1700 a.C. –
1100 a.C., durante o período védico em
Punjabe - e havia a presença de tais cogumelos, consumidos pelos
xamãs da região. Wasson é o primeiro pesquisador a propor que a forma de intoxicação Védica era de natureza enteogênica.
Na cultura popular,
cogumelos vermelhos com pontos brancos, como o
Amanita muscaria, aparecem, por exemplo, no
jogo Super Mario Bros., no filme
Fantasia da
Disney de
1940 e nas ilustrações do livro
Alice no País das Maravilhas, de
Lewis Carrol, em que Alice aparece conversando com uma lagarta que está estendida sobre um
Amanita muscaria enquanto fuma um
narguilé, em visível insinuação
psicodélica. Contudo, o cogumelo ilustrado por
Tenniel não apresenta as verrugas brancas, nem Carrol o descreve de maneira a esclarecer sua espécie, deixando a interpretação a cargo do leitor.