Um
almoxarifado era um distrito ou divisão administrativa fiscal, geralmente extensa, existente em
Portugal na
Idade Média. A maior parte dos almoxarifados tinham a sua sede numa cidade importante, como era o caso de
Lisboa,
Porto,
Coimbra,
Leiria,
Guimarães, etc., e todos estavam a cargo de um
almoxarife, o qual era um funcionário
real que era responsável pela cobrança e arrecadação de
impostos.
As primeiras menções do termo almoxarife remontam às primeiras décadas a seguir à independência de Portugal, isto é, do final do , constando de alguns diplomas de então. O termo torna-se muito frequente no século seguinte. O almoxarife estava incumbido de
arrendar ou emprazar os bens da coroa, supervisionar a cobrança de direitos reais ou o seu arrendamento, pagar as quantias, moradias e outras mercês régias, além de outras despesas públicas. Os contratos de arrendamentos eram normalmente feitos com o vedor da fazenda do rei, sendo as rendas pagas ao almoxarife do almoxarifado a que diziam respeito O almoxarife apresentava as contas das receitas e despesas que efetuava, as quais eram certificadas na forma duma "carta de quitação" onde constavam os montantes recebidos e gastos.