Os
africânderes ou
africâneres (em
africâner:
Afrikaners), originalmente chamados de
bôeres, são um
grupo étnico da
África do Sul, descendentes dos
colonos calvinistas, principalmente da
Holanda (35%), mas também da
Alemanha (34%), da
França (13%), da Grã Bretanha e outros países europeus (7%) que se estabeleceram na
África do Sul nos séculos
XVII e
XVIII. A ancestralidade não europeia, principalmente africana e asiática, encontra-se presente nos descendentes dos colonos holandeses, conforme estudo de 2007: o percentual médio de ancestralidade não europeia encontrado foi de 6%. Heese havia estimado um percentual de ancestralidade não europeia de 7,2%. Seu idioma nativo é o
africânder, um
idioma germânico cuja origem remonta ao
holandês falado no século XVII e que sofreu influências de diversas outras línguas. O africânder é uma das onze
línguas oficiais da África do Sul, falada como língua materna não apenas pelos africânderes, mas também pela maior parte das pessoas de ascendência mista (europeia e africana, às vezes asiática). A situação é semelhante na
Namíbia, onde o africânder é, na vida diária, a mais importante língua de comunicação interétnica. Minorias de africânderes vivem ainda no
Botsuana e no
Zimbabwe. No fim do século XIX, um grupo significativo de africânderes fixou-se em
Angola, particularmente na
Humpata, e tentou manter lá a sua cultura e estilo de vida; ao longo do século XX, muitos deles regressaram para a Namíbia e a África do Sul; os últimos deixaram Angola em 1975, dada a maneira conturbada como este país chegou à independência.