Afonso I de Portugal, mais conhecido por
D. Afonso Henriques (
Guimarães,
Coimbra ou
Viseu,
ca. —
Coimbra, ) foi o fundador do
Reino de Portugal e o seu , com o cognome
O Conquistador,
O Fundador ou
O Grande pela fundação do reino e pelas muitas conquistas. Era filho de
D. Henrique de Borgonha e de D.
Teresa de Leão,
condes de
Portugal, um
condado vassalo do
reino de Leão. Após a morte de seu pai em
1112, Afonso tomou uma posição
política oposta à da mãe, que se aliara ao
nobre galego Fernão Peres de Trava. Pretendendo assegurar o domínio do condado
armou-se cavaleiro e após vencer a sua mãe na
batalha de São Mamede em 1128, assumiu o governo. Concentrou então os esforços em obter o reconhecimento como reino. Em 1140, depois da vitória na
batalha de Ourique contra um contingente mouro, D. Afonso Henriques proclamou-se
rei de Portugal com o apoio das suas tropas. Ao contrário do que dizem sobre o
Tratado de Zamora só tornou o Condado Portucalense independente do Reino de Leão. A
independência portuguesa foi reconhecida, em 1179, pelo
papa Alexandre III, através da
bula Manifestis Probatum e ganhou o título de
rex (rei). Com o apoio de
cruzados do norte da Europa
conquistou Lisboa em 1147. Com a pacificação interna, prosseguiu as conquistas aos
mouros, empurrando as fronteiras para sul, desde
Leiria ao
Alentejo, mais que duplicando o território que herdara. Os muçulmanos, em sinal de respeito, chamaram-lhe
Ibn-Arrik [Em árabe: ابن الرَّنك ou ابن الرَنْق] («filho de Henrique», tradução literal do
patronímico Henriques) ou
El-Bortukali [Em árabe: البرتغال] («o Português»).