A localização exata da Acra, crítica para a compreensão da Jerusalém
helenística, continua a ser tema de debate. Historiadores e arqueólogos propuseram diversos sítios em torno da cidade, com base principalmente em conclusões extraídas das evidências literárias. Este enfoque só começou a mudar diante das novas escavações, iniciadas no fim da década de 1960; novas descobertas provocaram a reavaliação das fontes literárias da Antiguidade, da geografia de Jerusalém e dos artefatos que haviam sido descobertos anteriormente. O arqueólogo israelense Yoram Tsafrir interpretou uma junta de alvenaria encontrada no canto sudeste do
monte do Templo como uma pista para a provável localização da Acra. Durante as escavações de 1968 e 1978, realizadas pelo historiador israelense
Benjamin Mazar na área adjacente ao muro sul do monte, foram descobertas evidências que podem estar relacionadas com a Acra, incluindo aposentos que se assemelham a
casernas, e uma imensa
cisterna.
O termo
acra, no
grego antigo, era utilizado para descrever outras estruturas fortificadas durante o período helenístico. Esta
acra frequentemente é chamada de
Acra Selêucida, para diferenciá-la de outras referências que descrevem a
Baris ptolemaica como uma
acra, bem como do bairro de Jerusalém que herdou este nome.