O livro narra a vida de um jovem francês, Frédéric Moreau, que testemunha a
revolução de 1848 e a fundação do
Segundo Império Francês e que apaixona-se por uma mulher mais velha (personagem criada com base na esposa do
editor de
música clássica Maurice Schlesinger, retratado no livro como Jacques Arnoux). Muitas experiências vividas pelo protagonista no romance são baseadas em experiências que o próprio Flaubert viveu (como a paixão por uma mulher mais velha). Ele comentou sobre o livro em
6 de outubro de
1864 em uma carta para a escritora Marie-Sophie Leroyer de Chantepie:
Quero escrever a história moral dos homens de minha geração – ou, mais precisamente, a história de seus sentimentos. É um livro sobre amor, sobre paixão; mas uma paixão capaz de sobreviver nos dias de hoje – ou seja, uma paixão inerte.
O tom da narrativa é por vezes
irônico e
pessimista; em determinadas ocasiões também ridiculariza a sociedade francesa. As inclinações de Frédéric, o protagonista, ao
luxo ao longo do livro são alguns dos elementos satíricos relacionados à sociedade francesa de então, prestes a retornar à
monarquia.