Em Aristóteles, toda racionalidade prática é teleológica, quer dizer, orientada para um
fim (ou um
bem, como está no texto). À Ética cabe determinar a finalidade suprema (o
summum bonum), que preside e justifica todas as demais, e qual a maneira de alcançá-la. Essa finalidade suprema é a felicidade (
eudaimonia), que não consiste nem nos prazeres, nem nas riquezas, nem nas honras, mas numa vida virtuosa . A virtude, por sua vez, se encontra no
justo meio entre os extremos, e será encontrada por aquele dotado de
prudência (
phronesis) e educado pelo
hábito no seu exercício.
Vale destacar aqui que a ideia de virtude, na
Grécia Antiga, não é idêntica ao conceito atual, muito influenciado pelo
cristianismo. Virtude tinha o sentido da excelência de cada ação, ou seja, de fazer bem feito, na justa medida, cada pequeno ato (além disso os valores da altura e local em que ele escreveu tal obra eram bem diferentes dos leitores atuais; a palavra bem ou mal por exemplo apresenta significados totalmente opostos).