Água de cristalização é
água que ocorre em
cristais mas não é
ligada covalentemente a
molécula ou
íon "hospedeiro". O termo é arcaico e anterior a moderna
química inorgânica estrutural, de uma époações entre
estequiometria e estrutura eram pouco entendidas. No entanto, o conceito é amplo e quando empregado precisamente o termo pode ser útil. Quando
cristalizados a partir de água ou outros
solventes, muitos
compostos incorporam moléculas de água em suas grades cristalinas. Frequentemente, de fato, os casos específicos não podem ser cristalizados na ausência de água, mesmo que nenhuma ligação forte entre moléculas de água "hóspedes" possa ser evidente.
Classicamente, "água de cristalização" refere-se a água que é encontrada em uma grade cristalina de um
complexo metálico mas que não é diretamente ligada ao íon metálico. Obviamente a "água de cristalização" é ligada ou interage com "alguns" outros átomos e íons ou não seria incluído na estrutura cristalina. Considere-se o caso do
cloreto de níquel (II) hexaidrato. Este espécime tem a fórmula NiCl
2(H
2O)
6. Exame desta estrutura molecular revela que o cristal consiste de subunidades [
trans-NiCl
2(H
2O)
4] que são ligadas por
ligação de hidrogênio a cada outra ou duas outras moléculas isoladas de H
2O. Então 1/3 das moléculas de água no cristal não são diretamente ligadas ao Ni
2+, e esta pode ser denominada "água de cristalização".
Comparadas a
sais inorgânicos, as
proteínas cristalizam com quantidades anormalmente grandes de água na estrutura cristalina. Um conteúdo de água de 50 % não é incomum. O extenso "escudo" de hidratação é o que em
cristalografia de proteínas se discute que na conformação do cristais não seja muito distante do que seja a conformação em solução.