Ácidos micólicos são longos
ácidos graxos encontrados nas
paredes celulares do
táxon mycolata (Mycobacterium), um grupo de
bactérias que incluem
Mycobacterium tuberculosis, o agente causador da doença
tuberculose. Eles formam o principal componente da parede celular das espécies
mycolata. Apesar de seu nome, ácidos micólicos não têm ligação biológica aos
fungos; o nome advém da aperência filamentosa que apresentam
mycolata sob alta magnificação. A presença de ácidos micólicos na parede da célula dá a
mycolata um traço morfológico bruto distinto conhecido como "cording" (algo como "encordoamento"). Ácidos micólicos foram primeiramente isolados por Stodola
et al. em 1938 do extrato de
M. tuberculosis.
Os ácidos micólicos são compostos de uma cadeia
beta-hidróxi mais curta com uma
cadeia lateral de
alfa-alquil mais longa. Cada molécula contém entre 60 e 90 átomos de
carbono. O número exato dos carbonos varia pela espécie e pode ser usado como um critério de identificação. A maioria de ácidos micólicos contêm também vários
grupos funcionais.