Feitoria (palavra derivada do
latim facere, significando "fazer" e traduzindo-se em alemão como
Faktorei, em inglês como
Factory, em holandês como
Factorij) era o nome dado aos
entrepostos comerciais
europeus em território estrangeiro. Inicialmente estabelecidas nos diversos estados na Europa
medieval, as feitorias foram mais tarde adaptadas às possessões
coloniais.
Uma feitoria podia ser desde uma simples casa até um conjunto de equipamentos, de estruturas militares ou de acolhimento e manutenção de
navios, para além de
armazéns,
capelas, edifícios administrativoso da justiça e da diplomacia. Funcionava como
mercado,
armazém,
alfândega, defesa e ponto de apoio à navegação e
exploração e, muitas vezes, como sede ou governo
de facto das comunidades locais.
Com uma estrutura
corporativa, as primeiras feitorias visavam a defesa dos interesses comuns de grupos de mercadores e o desenvolvimento de relações económicas e políticas regulares na região onde estavam estabelecidas. Eram governadas por um
feitor encarregado de reger o
comércio e arbitrar a comunidade de mercadores e gozavam de um conjunto de privilégios - financeiros e organizativos, incluindo garantias de segurança e jurisdição própria - servindo os interesses da nação que representavam. As feitorias portuguesas, além de superintender as relações entre marinheiros, mercadores e portugueses, centralizavam ainda a cobrança de
taxas de navegação e impostos aos navios.