Dom João II de Portugal sucedeu ao seu pai após a sua abdicação em
1477, mas só ascendeu ao trono após a sua morte, em
1481. Concentrou então o poder em si, retirando-o à aristocracia. Nas conspirações que se seguiram suprimiu o poder da
casa de Bragança e apunhalou pelas suas próprias mãos o seu primo
Diogo, Duque de Viseu. Governando desde então sem oposição, João II foi um grande defensor da política de exploração atlântica, dando prioridade à busca de um
caminho marítimo para a Índia. Após ordenar as viagens de
Bartolomeu Dias e de
Pêro da Covilhã, foi João II que delineou o projecto da primeira viagem.
O seu único herdeiro, o príncipe
Afonso de Portugal estava prometido desde a infância a
Isabel de Aragão e Castela, ameaçando a herdar os tronos de Castela e Aragão. Contudo o jovem príncipe morreu numa misteriosa queda em 1491 e durante o resto da sua vida D. João II tentou, sem sucesso, obter a legitimação do seu filho bastardo
Jorge de Lancastre. Em 1494, na sequência da viagem de
Cristóvão Colombo, que recusara, D. João II negociou o
Tratado de Tordesilhas com os
reis católicos. Morreu no ano seguinte sem herdeiros legítimos, tendo escolhido para sucessor o duque de Beja, seu primo direito e cunhado, que viria a ascender ao trono como
Manuel I de Portugal.