Wikipédia em português - A enciclop...
Download this dictionary
Império Aquemênida
O (em persa antigo: Parsā; em persa moderno: هخامنشیان, Hakhāmanishiya ou دودمان هخامنشي, transl. Dudmān Hakhâmaneshi, dinastia aquemênida; c. 550–), por vezes referido como Primeiro Império Persa, foi um império iraniano situado no Sudoeste da Ásia, e fundado no por Ciro, o Grande, que derrubou a confederação médica. Expandiu-se a ponto de chegar a dominar partes importantes do mundo antigo; por volta do ano estendia-se do vale do Indo, no leste, à Trácia e Macedônia, na fronteira nordeste da Grécia - o que fazia dele o maior império a ter existido até então. O Império Aquemênida posteriormente também controlaria o Egito. Era governado através de uma série de monarcas, que unificaram suas diferentes tribos e nacionalidades construindo um complexo sistema de estradas. Denominando-se Parsa, do nome tribal ariano Parsua, os persas fixaram-se numa terra que também denominaram Parsua, que fazia fronteira a leste com o rio Tigre, e, ao sul, com o golfo Pérsico. Este tornou-se o centro nevrálgico do império durante toda a sua duração. Foi a partir desta região que Ciro, o Grande partiu para derrotar os impérios MedoLídio e Babilônico, abrindo o caminho para as conquistas posteriores do Egito e Ásia Menor.

No ápice de seu poder, após a conquista do Egito, o império abrangia aproximadamente oito milhões de quilômetros quadrados situados em três continentesÁsiaÁfrica e Europa. Em sua maior extensão, fizeram parte do império os territórios atuais do IrãTurquia, parte da Ásia CentralPaquistãoTrácia e Macedônia, boa parte dos territórios litorâneos do Mar NegroAfeganistãoIraque, o norte da Arábia SauditaJordâniaIsraelLíbanoSíria, bem como todos os centros populacionais importantes do Egito Antigo até às fronteiras da Líbia. É célebre na história ocidental como o tradicional inimigo das cidades-estado gregas durante as Guerras Greco-Persas, pela emancipação dos escravos, incluindo o povo judeu, de seu cativeiro na Babilônia, e pela instituição de infra-estruturas como um sistema postalviário, e pela utilização de um idioma oficial por todos os seus territórios. O império tinha uma administração centralizada e burocrática, sob o comando de um imperador e um enorme número de soldados profissionais e funcionários públicos, o que inspirou desenvolvimentos semelhantes em impérios posteriores.

O ponto de vista tradicional é de que as vastas extensões e extraordinária diversidade etnocultural do Império Persa acabaria por provocar a sua derrocada, à medida que a delegação de poder aos governos locais acabaria por enfraquecer a autoridade central do rei, fazendo com que muita energia e recursos tivesse de ser gastas nas tentativas de subjugar rebeliões locais. Tal fato tem servido historicamente para explicar o porquê de Alexandre, o Grande (Alexandre III da Macedônia), ao invadir a Pérsia em , ter se deparado com um reino pouco unido, comandado por um monarca enfraquecido, facilmente destruído. Este ponto de vista, no entanto, vem sendo questionado por alguns estudiosos modernos, que argumentam que o Império Aquemênida não se encontrava em crise no período de Alexandre, e que apenas as disputas internas pela sucessão monárquica dentro da própria família aquemênida é que causavam algum enfraquecimento no império. Alexandre, grande admirador de Ciro, o Grande, acabaria por provocar o colapso do império e sua subsequente fragmentação, por volta de , gerando o Reino Ptolemaico, o Império Selêucida e diversos outros territórios de menor extensão, que à época também conquistaram sua independência. A cultura iraniana do planalto central, no entanto, continuou a florescer e voltou a conquistar o poder na região no


Veja mais na Wikipédia.org...


© Esse artigo usa material da Wikipédia® sob a licença Licença GNU de Documentação Livre e sob nos termos da licença Creative Commons Attribution-ShareAlike