A
Guerra Civil Líbia , também conhecida como
Revolução Líbia, foi um
conflito bélico que ocorreu neste país do
norte africano. Começou com uma onda de protestos populares contra a
ditadura de
Muammar al-Gaddafi, com reivindicações sociais e políticas, iniciada em 13 de fevereiro de 2011 na
Líbia. Fez parte do movimento de
protestos nos países árabes em 2010 e 2011. Tal como na
revolução na Tunísia e na
revolução no Egito, os manifestantes exigiam mais liberdade e democracia, mais respeito pelos
direitos humanos, uma melhor distribuição da riqueza e a redução da corrupção no seio do Estado e das suas instituições. O chefe de Estado líbio,
Muammar al-Gaddafi, também conhecido pelos nomes
Gaddafi,
Kadhafi e
Qaddafi, era o chefe de Estado árabe no cargo há mais tempo: liderou a Líbia durante 42 anos.
A luta começou em fevereiro de 2011 após o início de uma série de protestos na cidade litorânea de
Bengasi pedindo a derrocada do regime de Gaddafi. Forças de segurança teriam abrido fogo contra a multidão para tentar dispersa-la. As manifestações, contudo, acabaram se espalhando pelo país e grupos de civis e militares desertores inciaram uma resistência armada contra o governo. Boa parte das diferentes facções da oposição líbia se uniram formando então o chamado
Conselho Nacional de Transição.
Em março, as
tropas de Gaddafi se reagruparam e começaram a avançar pela costa em direção ao leste, em áreas sob controle dos rebeldes, avançando contra Bengasi, a maior cidade em mãos da oposição. Frente a escalada da violência no país, a
ONU autorizou, através da
Resolução 1973, o estabelecimento de uma
zona de exclusão aérea sobre a Líbia, marcando o início de
uma intervenção armada estrangeira (liderada pela
OTAN) para "proteger os civis" e, em última análise, remover Muammar Gaddafi do poder. Propostas de cessar-fogo foram feitas tanto pelo governo, quanto por organizações estrangeiras (como a União Africana). Contudo a oposição recusou praticamente todas afirmando que seu objetivo era 'derrubar a ditadura de Gaddafi'.