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Estado da Palestina
O Estado da Palestina (, ) é um Estado parcialmente reconhecido localizado no Levante e que é membro observador da Organização das Nações Unidas (ONU). A sua independência foi declarada em 15 de novembro de 1988 pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e por seu governo no exílio em Argel, na Argélia. A OLP reivindica a soberania sobre os territórios palestinos e designa a cidade de Jerusalém como sua capital. No entanto, a maioria das áreas reivindicadas pelos palestinos estão ocupadas por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, sendo que a Autoridade Nacional Palestina realiza apenas a administração sócio-política em áreas delimitadas dos territórios desde os Acordos de Oslo em 1993, enquanto o Hamas controla a Faixa de Gaza.

Em outubro de 1974 a cúpula da Liga Árabe designou a OLP como o "único representante legítimo do povo palestino" e reafirmou "o seu direito de estabelecer um Estado independente com urgência". Em novembro de 1974, a OLP foi reconhecida como competente em todas as questões sobre a questão da Palestina pela Assembleia Geral da ONU, que concedeu-lhe o estatuto de observador como uma "entidade não-estatal" dentro da organização. Depois da declaração de independência de 1988, a Assembleia Geral oficialmente "reconheceu" a proclamação e decidiu usar a designação "Palestina", ao invés de "Organização para a Libertação da Palestina". Apesar desta decisão, a OLP não participa da ONU na qualidade de governo da Palestina.

Em 1993, com os Acordos de Oslo, o governo israelense reconheceu a equipe negociadora da OLP como "representante do povo palestino", com a condição de que a OLP reconhecesse o direito do Estado de Israel de existir em paz, aceitasse as resoluções 242 e 338 do Conselho de Segurança da ONU e rejeitasse "a violência e o terrorismo". Como resultado, em 1994 a OLP estabeleceu a administração territorial da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que exerce algumas funções governamentais em partes da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Em 2007, o Hamas assumiu o governo da Faixa de Gaza, o que dividiu os palestinos politicamente e territorialmente. O Fatah, de Mahmoud Abbas, ficou com o governo de grande parte da Cisjordânia, enquanto o Hamas obteve o controle da Faixa de Gaza. Em abril de 2011, os partidos palestinos assinaram um acordo de reconciliação, mas a sua implementação foi suspensa, até que um governo de unidade foi formado no dia 2 de junho de 2014.


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