Após a queda de
Edessa, em
1144, o
Papa Eugénio III convocou uma nova cruzada para
1145 e
1146. O Papa ainda autorizou uma cruzada para a Península Ibérica, embora esta fosse uma guerra desgastante de já vários séculos, desde a derrota dos Mouros
em Covadonga, em
718. Nos primeiros meses da
Primeira Cruzada em
1095, já o
Papa Urbano II teria pedido aos cruzados ibéricos (futuros portugueses, Castelhanos, Leoneses, Aragoneses, etc.) que permanecessem na sua terra, já que a sua própria guerra era considerada tão valente como a dos Cruzados em direcção a
Jerusalém. Eugénio reiterou a decisão, autorizando
Marselha,
Pisa,
Génova e outras grandes cidades mediterrânicas a participar na guerra da Reconquista.
A
19 de maio zarparam os primeiros contingentes de Cruzados de
Dartmouth,
Inglaterra, constituídos por
flamengos,
normandos, ingleses,
escoceses e alguns cruzados
germanos. Segundo
Odo de Deuil, perfaziam no total 164 navios — valor este provavelmente aumentado progressivamente até à chegada a Portugal. Durante esta parte da cruzada, não foram comandados por nenhum príncipe ou rei; a Inglaterra estava em pleno período d'
A Anarquia. Assim, a frota era dirigida por Arnold III de Aerschot (sobrinho de Godofredo de Louvaina), Christian de Ghistelles, Henry Glanville (
condestável de
Suffolk), Simon de Dover, Andrew de Londres, e Saher de Archelle.