O termo
Spätantike, literalmente
"antiguidade tardia", tem sido usado por historiadores de
língua alemã desde sua popularização por
Alois Riegl no início do
século XX. Em inglês, o conceito teve como principal defensor
Peter Brown, cujo levantamento
The World of Late Antiquity (1971) revisou a visão
pós-Gibbon de uma cultura clássica árida, caduca e ossificada, em prol de um tempo vibrante de renovações e começos, e cujo
The Making of Late Antiquity oferecia um novo paradigma para a climatérica transformação na cultura ocidental, em confronto com
The Making of the Middle Ages de sir
Richard Southern.
As continuidades entre a
Roma Imperial, como foi organizada por
Diocleciano, e a
Alta Idade Média são ressaltadas por autores que desejam enfatizar que as sementes da cultura medieval já estavam se desenvolvendo no império
cristão, que assim também continuou no
Império Bizantino. Simultaneamente, algumas
tribos germânicas tais como os
ostrogodos e
visigodos viam-se a si mesmos como perpetuadores da tradição "romana". Embora o emprego da expressão
"Antiguidade tardia" sugira que as prioridades sociais e culturais da Antiguidade clássica perduraram através da
Europa até a
Idade Média, o uso de "Alta Idade Média" enfatiza o rompimento com o passado clássico, e a expressão "
migrações dos povos bárbaros" enfatiza as rupturas no mesmo período de tempo.