É o primeiro longa de ficção do diretor José Padilha, que anteriomente dirigiu o documentário
Ônibus 174 (2002). Foi objeto de grande repercussão antes mesmo de seu lançamento, por ter sido o primeiro filme brasileiro a, meses antes de chegar aos cinemas, vazar para o mercado
pirata e a internet. Um dos protagonistas do filme, o ator Caio Junqueira, chegou a declarar que, por mais que achasse a pirataria algo negativo, sabia que havia sido "por causa dela que o trabalho atingiu o público da televisão". Uma pesquisa feita pelo
Ibope chegou a estimar que mais de 11 milhões de brasileiros teriam visto o filme de forma ilegal – isso, entretanto, não impediu o filme de ter sido bem-sucedido nas bilheterias, tendo estreado em primeiro lugar.
Ao criticar os usuários de substâncias ilícitas, atribuindo-lhes a culpa pela expansão do
tráfico de drogas e da violência urbana, o filme gerou grande debate na
mídia brasileira. As práticas de
tortura por parte dos policiais também foram abordadas, gerando questionamentos quanto a uma suposta transformação de tais personagens em heróis em virtude de suas atitudes frente aos criminosos ou à população pobre e aos moradores de favelas. Esse posicionamento, no entanto, é contestado por Padilha