Pau a pique, também conhecida como
taipa de mão,
taipa de sopapo ou
taipa de sebe, é uma técnica construtiva antiga que consistia no entrelaçamento de
madeiras verticais fixadas no
solo, com vigas horizontais, geralmente de
bambu amarradas entre si por
cipós, dando origem a um grande painel perfurado que, após ter os vãos preenchidos com
barro, transformava-se em parede. Podia receber acabamento alisado ou não, permanecendo rústica, ou ainda receber pintura de
caiação.
Utilizado no repertório das construções dos séculos
XVIII e
XIX, período colonial. Sobretudo nas paredes internas de tais edificações. Das técnicas em
arquitetura de terra é a mais utilizada, principalmente por dispensar materiais importados. Note-se que seu uso ocorre, em sua maioria, na
zona rural.
A construção de pau a pique, quando mal executada e mal acabada, pode se degradar em pouco tempo, apresentar rachaduras e fendas, inclusive se tornando alvo de roedores e insetos, que se instalam nestas aberturas. Durante muitos anos, o pau a pique foi associado ao
barbeiro (
Triatoma infestans),
inseto transmissor da
Doença de Chagas. No entanto, quando construída de forma adequada, com base de pedra afastando-a do solo (50 a 60 cm) e devidamente
rebocada e coberta, não há o perigo da instalação do
barbeiro nas
paredes e ou mesmo da degradação do pau a pique.