No
Brasil, o primeiro exemplar de
Roystonea oleracea, a
Palma Mater, foi plantada no
Jardim Botânico do Rio de Janeiro pelo príncipe regente
dom João VI, em 1809 . Fora presenteada a dom João VI por um dos sobreviventes de uma fragata, o oficial da
Armada Real Luís Vieira e Silva. Por um erro histórico, dizia-se que tinha sido trazida do
Jardim Gabrielle, de onde vieram muitas plantas, principalmente durante as
Guerras Napoleônicas. Porém o
Jardim Gabrielle era nas
Guianas e as primeiras plantas que chegaram ao
Brasil, na verdade, vieram das
Ilhas Maurício, do
Jardim La Pamplemousse, obtidas clandestinamente por Luiz de Abreu Vieira e Silva, que as ofereceu a dom João VI. Quando foi plantada por dom João VI, a primeira
Roystonea oleracea (Palmae) brasileira passou a ser conhecida como palmeira-imperial . A
Palma Mater floresceu pela primeira vez em 1829. Deste exemplar plantado em 1809, descendem todas as palmeiras-imperiais do Brasil, daí sua denominação de
Palma Mater. A
Palma Mater foi destruída por um raio em 1972.
Tinha, naquela época, 38,70 metros de altura. O tronco foi preservado e encontra-se em exposição no Museu Botânico. Em seu lugar, foi plantado outro exemplar, simbolicamente chamado de
Palma Filia, oriunda de uma semente da palmeira original. Segundo Roseli Maria Martins d’ Elboux, mestre em história e fundamentos da arquitetura e do urbanismo, o plantio das palmeiras-imperiais se tornou comum no
Rio de Janeiro em meados do século
XIX, diante da "necessidade do fortalecimento simbólico do Segundo Império". Pode ser procedente a história segundo a qual as sementes da palmeira-imperial foram distribuídas aos súditos como sinal de proximidade ou lealdade ao poder central e tenham, assim, se tornado o "símbolo do Império". "Desse modo, depois de alguns anos, a espécie vincula-se definitivamente à imagem do poder monárquico, à ideia de nobreza, distinção e classe" .