A
escola cirenaica de filosofia, assim denominada devido à cidade de
Cirene na qual foi fundada, floresceu entre 400 a.C. e 300 a.C., e tinha como a sua característica distintiva principal o
hedonismo, ou a doutrina de que o
prazer é o bem supremo. É geralmente afirmado que as suas doutrinas são derivadas de
Sócrates e de
Protágoras. De Sócrates, pela perversão da doutrina que a
felicidade é o bem supremo, e de Protágoras, pela sua teoria relativista do
conhecimento.
Aristipo de Cirene foi o fundador da escola, e contava entre os seus seguidores a sua filha, Arete, e o seu neto
Aristipo, o Jovem. Os cirenaicos começaram o seu questionamento filosófico concordando com Protágoras de que todo o conhecimento é relativo. A partir desta premissa, afirmavam que apenas se poderia conhecer os nossos
sentimentos ou as impressões que as coisas produzem sobre nós. Tra
transferindo esta teoria do conhecimento para a discussão do problema da
conduta, e assumindo a doutrina socrática de que o objectivo principal da conduta é a felicidade, concluíram que a felicidade é adquirida pela produção de sensações que dão prazer e pelo evitar de sensações que causam dor.