Por volta de 1337, o
hesicasmo atraiu a atenção de um erudito membro da Igreja Ortodoxa,
Barlaão de Seminara, um monge
calabrês que havia vindo para
Constantinopla sete anos antes. Em reação às críticas feitas aos seus escritos teológicos que Gregório Palamas, um monge de
Monte Atos e expoente do hesicasmo, havia lhe feito, Barlaão se encontrou com hesicastas e ouviu descrições de suas práticas. Treinado na teologia
escolástica ocidental, Barlaão ficou escandalizado pelas descrições que ouviu e escreveu diversos tratados ridicularizando as práticas hesicastas. Ele ficou particularmente chocado que com a doutrina - que ele considerava
herética e
blasfema - da chamada "luz não criada", cuja natureza os hesicastas acreditavam ser a mesma da luz que manifestara aos discípulos de
Jesus na
Transfiguração no
Monte Tabor e cuja experiência o objetivo da prática hesicasta. As informações que ele obteve atestavam que a crença era de que esta luz não seria parte da essência divina e era contemplada como sendo uma outra
hipóstase ("existência"). Barlaão acreditava que este conceito era
politeísta, pois postularia a existência de dois seres eternos, um Deus
imanente visível e um outro
transcendente invisível.
Gregório Palamas, que depois se tornaria
arcebispo de
Tessalônica, recebeu um pedido dos monges de Athos para que defendesse o hesicasmo dos ataques de Barlaão, o que ele fez fazendo uso de seu excelente conhecimento da filosofia grega e da
dialética, métodos também utilizados no ocidente. Ele escreveu uma série de obras e participou de diversos
sínodos realizados em Constantinopla na década de 1340, sempre em defesa do hesicasmo.