O ciclo ou
período Calíptico foi criado pelo astrônomo Cálipo de Cízico, em
330 a.C. Até então, os gregos utilizavam o
ciclo metónico, mas Cálipo modificou este período, com uma correção a cada 4 desses ciclos, perfazendo um período de 76 anos, conhecido como período calíptico, fazendo o ano médio, neste ciclo, valer 365,25 dias, muito mais próximo ao ano trópico verdadeiro. Os babilônios adotaram essas correções 50 anos depois.
Os povos antigos calculavam o tempo pelo
calendário lunissolar, em que em alguns anos tinham
doze meses e em outros anos
treze. Este tipo de calendário era usado pelos antigos
hebreus, conforme , , e . Três astrônomos gregos aperfeiçoaram a astronomia e retificaram o cálculo do tempo,
Meton, Cálipo e
Hiparco. Apesar de Hiparco ter florescido cerca de noventa a cem anos antes da reforma do calendário por
Júlio César, seu astrônomo
Sosígenes adotou os cálculos de Cálipo para estabelecer a duração do ano no
calendário juliano.
O ciclo determinado por Cálipo consiste de
setenta e seis anos, com o total de dias, o mesmo número que tem 76 anos do calendário juliano. Neste ciclo de setenta e seis anos, ocorrem novecentas e quarenta
lunações, com uma média de dias para o
mês sinódico, valor
vinte e dois segundos maior que o real. Dos novecentos e quarenta meses, quatrocentos e quarenta e um são meses de
vinte e nove dias, e quatrocentos e noventa e nove de
trinta dias. Destes setenta e seis anos,
quarenta e oito são anos de
doze meses lunares, e
vinte e oito são
anos embolísticos, com
treze meses.