Pique (também conhecido por
chuço ou
lança longa) é uma
arma de haste
medieval, usada pelos piqueiros, que por sua vez constituíam a base da
infantaria medieval. O pique consistia de uma
lança de aproximadamente 3 à 5
metros, com uma ponta de
metal. O pique era a principal arma utilizada contra a as cargas e os ataques da
cavalaria ligeira e pesada
inimiga.
De carácter claramente defensivo, o pique foi empregado sobre todo em táticas defensivas ou de cobertura: para evitar cargas, frear a cavalaria ou defender defender localizações e posições. A formação pesada de piqueiros renasceu na Suíça durante a Baixa Idade Média, já que havia sido usada na Antiguidade para as formações de falanges dos exército de
Filipe II, o pai de
Alexandre, o Grande, naquela época o pique era chamado de sarissa.
Mesmo após o surgimento das
armas de fogo, o pique continuou a ser usado. Os
canhões primitivos, os
arcabuzes e os
mosquetes tinham disparo muito lento e impreciso, por isto os piqueiros, em ordem cerrada, formaram o núcleo da infantaria européia até meados do
século XVII. Sua máxima expressão foi o
Terço espanhol. A invenção da
baioneta, em meados do século XVII, acabaria por tornar o pique obsoleto, ao fim do mesmo século, pois permitia ao mosqueteiro se defender durante o processo de recarregamento. No
exército francês foi totalmente abolido em
1704, embora tenha reaparecido (para compensar a falta de armas de fogo), quando dos primeiros conflitos gerados pela
Revolução Francesa. Em Portugal, na época das
invasões francesas, foi um recurso bastante usado pelo povo, pois os invasores tinham desarmado completamente o país.