Veículo flex ou
veículo de combustível duplo está equipado com um
motor de combustão interna a quatro tempos (
Ciclo Otto) que tem a capacidade de ser reabastecido e funcionar com mais de um tipo de
combustível, misturados no mesmo tanque e queimados na
câmara de combustão simultaneamente. O veículo de combustível flexível mais comum disponível no mercado mundial utiliza
etanol como segundo combustível. Um sensor detecta a mistura do combustível e ajusta a injecção de acordo com a mistura. Assim pode-se usar tanto álcool quanto gasolina, ou uma mistura dos dois em qualquer proporção. No caso do Brasil, o ajuste da injecção é feito com
software automotivo desenvolvido por engenheiros brasileiros.
Na atualidade, comercialmente somente são fabricados
automóveis e veículos comerciais leves para operar com o motor flex de etanol. Também tem sido desenvolvidos nos Estados Unidos veículos flex que funcionam com
metanol como segundo combustível, conhecidos como M85, e utilizados em programas demonstrativos em vários países, principalmente na
Califórnia. Em 2008 já circulam no mundo perto de 13 milhões de veículos flex usando
etanol como combustível, principalmente nos
Estados Unidos (6,8 milhões), o
Brasil (6 milhões) e na
Europa, liderada por
Suécia (116 mil). Devido à ampla aceitação dos veículos flexíveis que utilizam etanol como combustível, o uso comum do termo veículo flex virou
sinônimo de veículo flexível que usa etanol como combustível. Na Europa são conhecidos como "
flexifuel" e nos Estados Unidos como "
flex-fuel", "FFVs" ou veículos
E85, já que pelo clima frío a mistura máxima é de 15% de gasolina e 85% de álcool.