Um
ulemá ou
álime ( , singular , "erudito", "sábio", "conhecedor [da lei]") é um
teólogo ou sábio e versado em
leis e
religião, entre os
muçulmanos. Os ulemás são conhecidos como árbitros da
charia, o direito islâmico. Embora sejam especialmente versados em direito islâmico, alguns também estudam outras
ciências, como
filosofia,
teologia dialética e
hermenêutica alcorânica. Os campos estudados e a sua importância variam conforme a tradição e a escola.
Num sentido mais amplo, o termo "ulemá" é empregado para descrever o corpo de clérigos muçulmanos que completaram vários anos de estudo das ciências islâmicas, como um
mufti, um
cádi, um
alfaqui ou um
muhaddith. Alguns muçulmanos incluem no escopo deste termo os
mulás,
imames e maulvis de vilarejo - que atingiram apenas os degraus mais baixos da escada acadêmica islâmica; outros muçulmanos diriam que os clérigos devem ter padrões mais altos para ser considerados ulemás.
Os ulemás são muito poderosos na tradição
xiita do Islã. Após a
Revolução de 1979 no
Irã, facções do clero xiita iraniano, sob a chefia de
Khomeini, assumiram o controle do país, com a justificativa da doutrina da "tutela dos juristas" (
Wilayat-i Faqih). O regime do
Talibã, no
Afeganistão, também era chefiado por um mulá,
Omar. Entretanto, na maioria dos países, os mulás são apenas autoridades locais.