Superman de John Byrne refere-se às contribuições do escritor britânico naturalizado canadense
John Byrne na
história do Superman, entre 1986 e 1988. Nesse curto período de tempo ele escreveu, desenhou ou colaborou de alguma outra forma com mais de 50 histórias diferentes envolvendo o personagem, incluindo a representativa minissérie
The Man of Steel. Byrne e os profissionais que o acompanharam — destacando-se
Marv Wolfman,
Dick Giordano,
Mike Mignola e Jerry Ordway — estabeleceram uma série de conceitos que continuariam a ser adotados nos anos seguintes, tanto nos quadrinhos quanto nas adaptações das histórias do personagem para outras mídias.
Byrne fora contratado pela editora para reformular o personagem e fazer com que suas revistas vendessem mais, e foi bem sucedido em ambas as tarefas: a maioria dos elementos mais fantásticos comumente associados ao personagem foram removidos de sua mitologia, em favor de um enfoque mais realista e dramático que se manteria por toda a década seguinte, o nível dos super-poderes do herói sofreu uma considerável redução, a caracterização do vilão
Lex Luthor foi drasticamente alterada e, embora apenas
The Man of Steel tenha vendido mais de um milhão de exemplares durante sua publicação, todas as demais revistas apresentaram um aumento em suas tiragens, vendendo cerca de 200 mil exemplares por mês durante o período.
Marcado por conflitos não apenas entre Byrne e Wolfman, mas entre Byrne e a
DC Comics, editora responsável pela publicação das histórias, o período é considerado um dos mais marcantes e controversos da história do personagem. O próprio Byrne já declarou publicamente que o projeto não correspondeu ao que ele pretendia fazer originalmente e as alterações por ele promovidas continuam sendo alvo de debate entre fãs, historiadores e profissionais da indústria.