A
sinagoga de la Ghriba (ou de
el Ghriba; ; ) é um
templo judaico situado no centro da ilha de
Djerba, no sul da
Tunísia. É um dos principais marcos identitários dos
judeus de
Djerba, uma das últimas comunidades judias que sobrevivem no
mundo árabe. A sinagoga é objeto de uma
peregrinação anual, por ocasião da festa judaica do
Lag Baômer, que reúne vários milhares de peregrinos. É igualmente uma das principais atrações turísticas de Djerba.
A sua fama tem origem em numerosas tradições e crenças que sublinham a sua antiguidade e no facto de que supostamente contém restos do
Templo de Jerusalém. Historicamente, a peregrinação reunia não só os membros das comunidades locais, mas também judeus do resto da Tunísia e da vizinha
Líbia. Após a esmagadora maioria dos judeus terem abandonado os países árabes, os visitantes são sobretudo residentes em
França e
Israel.
À semelhança das outras seis
ghribas (sinagogas isoladas, situadas fora de povoações e objeto de peregrinação) dispersas pelo
Magrebe, encontra-se em pleno campo, a pouco mais de um quilómetro da aldeia mais próxima, Hara Sghira (nome oficial moderno: Er Riadh), um dos dois povoados judeus existentes na ilha, que até ao só era habitado por
cohanim (plural de
Cohen), o que, segundo a tradição local corrobora o facto que la Ghriba foi fundada por
sacerdotes vindos de
Jerusalém. Apesar de existirem cinco sinagogas em Hara Sghira, a fim de manter a proeminência de la Ghriba, a tradição impõe que os rolos da
Torá nelas usados sejam guardados na la Ghriba, para onde são levados em procissão.