Antes de ser escolhido para liderar a Expedição Discovery, Scott tinha seguido a carreira habitual de um oficial de marinha
britânico, em tempo de paz, na
Era vitoriana, onde as oportunidades de progresso profissional eram limitadas e intensamente procuradas por oficiais ambiciosos. Foi uma oportunidade de distinção pessoal que levou Scott a candidatar-se ao comando do
Discovery, e não um especial desejo de exploração polar. No entanto, o seu nome iria ficar para sempre ligado à Antártida, o campo de trabalho onde iria atuar nos últimos doze anos da sua vida.
No seguimento das notícias da sua morte, Scott tornou-se um herói britânico, um estatuto mantido por mais de 50 anos, e refletido pelos muitos memoriais erigidos por toda a sua nação. Nas décadas finais do século XX, o seu nome voltou a ser alvo de atenção devido às causas da tragédia da sua morte, e da dos seus companheiros, e do nível de culpabilidade pessoal de Scott. Depois de se ter mantido intocável durante vários anos, Scott passou a ser uma figura controversa, alvo de várias questões acerca do seu carácter e competências. Historiadores e críticos do início do século XXI têm, contudo, olhado para Scott de um modo mais positivo, dando especial destaque à sua coragem pessoal e estoicismo, enquanto reconheciam os seus erros, mas apontando o destino dramático da sua expedição final ao fator falta de sorte.