O
Reino Mutawakkilita do Iêmen foi um estado árabe independente que surgiu em
1918, após a derrota do
Império Otomano na
Primeira Guerra Mundial. Seu primeiro líder foi
Imam Yahya ibn al-Husayn, que governou entre 1918 a
1948. O reino foi reconhecido pelo
Império Britânico, como tal até
1925. Em
1926, o rei de
Hejaz e
Nejd, Abdul Aziz ibn Sa'ud, invadiu o
Iêmen, a fim de unir todos da
Arábia sob seu domínio. Em
1927, após um tratado com a
Grã-Bretanha, Nedjed retorna a autonomia do Iêmen. Em
1932, o Rei Saudita
Ibn Saud, reconhece a independência do Iêmen, mas dois anos depois, surgem conflitos entre os dois reinos, na região de
Asir. Na sequência de um acordo com a Inglaterra, o reino saudita anexou Asir. Em
1945, juntamente com
Egito,
Síria,
Líbano,
Jordânia e
Arábia Saudita, o reino do Iêmen forma a
Liga Árabe. Em
1947, ingressou na
ONU, obtendo, assim, o pleno reconhecimento internacional.
A intenção de Yahya ibn al-Husayn era fazer com que a monarquia, que até então tinha sido eletiva, em hereditária, e institui como seu sucessor o seu filho Ahmad. A oposição da nobreza em
1948 conduz a uma tentativa de golpe de Estado em que o rei foi assassinado. Seu filho,
Ahmad ibn Yahya reprime duramente a oposição. Ahmad iniciou uma política de confronto com a Grã-Bretanha, por causa de disputas sobre a posse de
Aden, que ainda era uma colônia britânica. Em março de
1955, um golpe de Estado por um grupo de oficiais e dois dos irmãos de Ahmad brevemente depos o rei, mas foi rapidamente suprimido.
Imam Ahmad enfrentou crescentes pressões por apoiar os objetivos nacionalistas árabes do presidente egípcio
Gamal Abdel Nasser e, em abril de
1956, assina um pacto de defesa mútua com o Egito. Assinou, também, uma união com o Egito e a Síria (então a
República Árabe Unida), com o qual fez parte dos "
Estados Árabes Unidos" entre
1958 e
1961. Mas foi dissolvido em setembro de 1961 e as relações entre a República Árabe Unida (Egito) e o Iêmen subsequentemente deterioraram.