A
Regra de São Bento (em
latim,
Regula Benedicti ou
RB), escrita por
Bento de Núrsia no século VI, é um conjunto de preceitos destinados a regular a vivência de uma comunidade
monástica cristã, regida por um
abade. Escrita numa altura em que pululavam, por toda a
Cristandade, inúmeras regras, começou a ter sucesso sobretudo a partir do século VIII, quando os
Carolíngios ordenaram que fosse a única regra monástica autorizada nos seus territórios - e a partir daí, esse preceito estendeu-se ao resto da
Europa, sobretudo com o advento da
reforma gregoriana. Foi também adoptada, com igual sucesso, pelas comunidades regrantes femininas. Pode-se dizer que a regra tem sido um guia, ao longo da sua existência, para todas as comunidades cristãs da Cristandade
Católica e, desde a
Reforma Protestante, também aplicável às tradições
Anglicana e
Protestante.
O espírito da Regra de São Bento resume-se em dois pontos: o lema da
Ordem de São Bento (
pax - «paz»), que nasceria séculos mais tarde, como resultado da agremiação de vários mosteiros que partilhavam a mesma regra; e ainda o tradicional
ora et labora («reza e trabalha»), súmula da vida que cada monge deve levar.