O Banquete, também conhecido como
Simpósio (em
grego antigo: Συμπόσιον,
transl. Sympósion) é um
diálogo platônico escrito por volta de
380 a.C.. Constitui-se basicamente de uma série de discursos sobre a natureza e as qualidades do amor (
eros).
O Banquete é, juntamente com o
Fedro, um dos dois diálogos de Platão em que o tema principal é o amor. A interpretação de
Leo Strauss e de Stanley Rosen destaca o aspecto
tragicômico deste diálogo, que é, na verdade, a resposta de Platão às acusações da
Cidade contra a
filosofia.
Tò sumpósion, em grego, é em geral traduzido como
O Banquete, mas, no sentido atual, equivaleria a uma festa mundana, em que quase sempre se bebe mais do que se come. Trata-se, pois, de um festim na casa de
Agatão, poeta trágico ateniense. Sócrates é o mais importante dentre os homens presentes. Entre outros, também ali estão
Aristodemo, amigo e discípulo de
Sócrates;
Fedro, o jovem
retórico;
Pausânias, amante de Agatão; o médico Erixamaque;
Aristófanes, comediante que ridicularizava Sócrates, e o político
Alcibíades.
O exagero cometido na festa do dia anterior, sobretudo o excesso de
bebida, fatigara os convidados de Agatão. Pausânias propõe, então, que, em lugar de beber, ficassem ali a conversar, a discutir ou que cada um fizesse algo "diferente". A proposta de Pausânias é aceita por todos. Eriximaco sugere que fossem feitos
elogios a
Eros: os convidados deveriam fazer
discursos para louvar o
amor. Sócrates intervém, ponderando que, antes de falar sobre o
bem que o amor causa e seus frutos, deveriam tratar de definir o que é o
amor. Diz que, na sua juventude, fora iniciado na
filosofia do amor por
Diotima de Mantineia, que era uma sacerdotisa. Diotima lhe ensinou a
genealogia do amor.