Na
mitologia grega,
Medeia (em grego Μήδεια) era filha do rei
Eetes, da
Cólquida (atualmente, a
Geórgia), sobrinha de
Circe (aparecendo, ainda, como filha de Circe e
Hermes ou como irmã de Circe e filha de
Hécata) e que foi, por algum tempo, esposa de
Jasão. É uma das personagens mais terríveis e fascinantes da mitologia, ao envolver sentimentos contraditórios e profundamente cruéis, que inspiraram muitos artistas ao longo da
história - na
escultura,
pintura,
teatro,
cinema,
ópera...
Os
mitos e personagens que envolvem Medeia têm sido classificados por alguns autores como narrativas e elementos-chave respeitantes ao limiar cultural e civilizacional que separa, por um lado o mundo primitivo das culturas
pelásgicas dos
xamãs, das divindades
ctónicas, dos matriarcados arcaicos e da
Deusa-mãe e, por outro, os novos desafios e paradigmas abertos pela
Idade do Bronze. O mito de Medeia insere-se no ciclo narrativo dos
Argonautas que nos chegou até hoje, de forma mais completa, na obra
Argonautica de
Apolónio de
Rodes (
século III a.C.) que se baseou em material disperso, a que tinha acesso na famosa
biblioteca de
Alexandria.