O
Reino da Germânia começou como a
seção oriental do
Império Carolíngio, que foi dividido pelo
Tratado de Verdun em
843 (enquanto que a seção ocidental formou a
França). Os governantes da área oriental passaram a se intitular
rex Francorum (rei dos francos) e mais tarde simplesmente
rex. Uma referência aos
germanos, indicando o surgimento de algum tipo de "nação germânica", só apareceu depois do
século XI, quando o
papa se referiu ao seu inimigo
Henrique IV como
rex teutonicorum (rei dos
Teutões), a fim de o rotular como estrangeiro. Os reis reagiram a isto usando constantemente o título de
rex Romanorum, (
rei dos Romanos), para enfatizar seu governo universal mesmo antes de se tornarem imperadores. Este título permaneceu até o fim do império em
1806 (contudo, para que não cause confusão, esses reis são chamados de
reis da germânia, em assuntos a eles relacionados).
O reino nunca foi completamente hereditário, pelo contrário, ancestralidade era apenas um dos fatores que determinava a sucessão dos reis. O rei era formalmente eleito pelos líderes da nobreza no reino, continuando com a tradição dos francos. Aos poucos a eleição tornou-se um privilégio de um grupo de príncipes chamados de
Eleitores, e a
Bula Dourada de 1356 formalmente definia os procedimentos da eleição. Na
Idade Média, o rei (
rex Romanorum) não recebia o título de imperador (
Imperator [Augustus] Romanorum) até ser coroado pelo papa. Ele também tinha que ser coroado com a
Coroa de Ferro da Lombardia, após o que ele recebia o título de
rex Italicum, (rei da Itália). Após isso ele subiria ao trono de
Roma e seria coroado Sacro Imperador pelo Papa.