João Curcuas (; foi um dos generais mais notórios do
Império Bizantino. As suas vitórias em batalhas contra os
estados muçulmanos do Oriente inverteram definitivamente o curso das
guerras bizantino-árabes que se prolongavam há séculos, e marcaram o início da chamada "Era das Conquistas" bizantinas do . Ele era membro da
família Curcuas, de origem
arménia, à qual pertenceram diversos generais bizantinos notáveis. Como comandante de um dos regimentos da guarda imperial, Curcuas era um dos principais apoiantes do imperador , que ajudou a ascender ao trono.
Durante o , o
Império Bizantino tinha recuperado gradualmente o seu poder e estabilidade interna, enquanto que o
Califado tinha vindo a enfraquecer e fraturar-se. Em 923, João Curcuas foi nomeado
comandante-em-chefe dos exército bizantinos estacionados ao longo da fronteira oriental, face ao
Califado Abássida e aos
emirados muçulmanos fronteiriços semi-autónomos. Manteve este posto por mais de vinte anos, supervisionando sucessos militares decisivos para os bizantinos e alterando o equilíbrio estratégico da região. Sob a sua liderança, os exércitos bizantinos entraram profundamente nos territórios muçulmanos pela primeira vez em quase 200 anos, expandindo as fronteiras do império. Os emirados de
Melitene e
Calícala foram conquistados, estendendo o controlo bizantino ao Alto
Eufrates e Arménia Ocidental. Os restantes
príncipes ibérios e da
Arménia tornaram-se
vassalos dos bizantinos.
Curcuas também desempenhou um papel importante na derrota de uma
grande expedição Rus' em 941 e recuperou o
Mandylion de
Edessa, uma
relíquia sagrada que se acreditava representar a face de
Jesus Cristo. João Curcuas foi demitido em 944 em resultado de intrigas dos filhos de Romano Lecapeno, mas voltou a ter a confiança imperial com , do qual foi embaixador em 946. Desconhece-se o que lhe aconteceu depois disso.