Jerônimo de Camargo natural de
São Paulo, 5º filho do sevilhano José Ortiz de Camargo, conhecido como Jusepe de Camargo, e da paulista Leonor Domingues, irmão do bandeirante
Fernando de Camargo,
o Tigre e do
Capitão Marcelino de Camargo.
Silva Leme, em sua «
Genealogia Paulistana», Vol. I, pág. 179, conta sua descendência e diz, curiosamente, que tencionava se ordenar em
Angola em
1640 e no mesmo vol. I, § 1.º pag. 322 como o fundador de S. João de
Atibaia.
Bandeirante, teve parte ativa na vida política de São Paulo e nas lutas contra os jesuítas, o vigário Albernaz e a família inimiga dos Pires, ficando célebre e dando o que fazer ao Ouvidor encarregado da devassa, João Velho de Azevedo. Sertanista, foi dos que devassou o sertão de Atibaia, uma das vias para as minas dos Cataguazes, ali agindo desde 1663, quando fundou sua fazenda nas paragens; em
1665 o padre
Mateus Nunes de Siqueira aldeou no entorno índios guarulhos, convertidos, formando a origem do povoado de Atibaia, paróquia em
1701. A
3 de julho de
1665 este padre Mateus Nunes de Siqueira, vigário da vara de São Paulo, tendo-se internado no sertão em catequese, retornou a
São Paulo com grande número de
guarulhos que colocou na paragem de
Atibaia. A câmara resolveu que ficassem aí aldeados, datando desta data os fundamentos da povoação.
Jerônimo já havia passado a fundar outra grande fazenda no sertão de
Jundiaí, até
1685, ano de sua última bandeira, já idoso, com Antônio Bueno e Salvador de Oliveira e o carmelita frei João de Cristo como capelão, que teria a metade das 100 primeiras peças ou índios capturados.