Em
27 de fevereiro de
1933, o
Reichstag, em
Berlim, foi ateado em fogo e, como resultado, foi visto como o acontecimento crucial para o estabelecimento da
Alemanha nazista. Às 21h25 (
UTC+
1), um posto de bombeiros da cidade recebeu uma chamada pois o alarme do Palácio do Reichstag, o local de encontro do
parlamento alemão, anunciava que o prédio estava em chamas. O incêndio começou na câmara de sessão, e quando a polícia e os bombeiros haviam chegado, a
Câmara dos Deputados já tinha sido engolida pelas chamas. No interior do edifício, uma minuciosa pesquisa conduzida pela polícia resultou na culpa de
Marinus van der Lubbe. Van der Lubbe foi um ativista
neerlandês do
comunista de conselho e pedreiro
desempregado que tinha chegado recentemente na
Alemanha, ostensivamente para realizar suas atividades políticas. O incêndio foi utilizado pelos
nazistas como prova de que os comunistas estavam começando uma "conspiração" contra o governo alemão. Van der Lubbe e quatro líderes comunistas seriam presos posteriormente.
Adolf Hitler, que foi empossado como
chanceler da Alemanha quatro semanas antes, em 30 de janeiro, incitou o Presidente
Paul von Hindenburg a passar um decreto de emergência a fim de contrariar o "impiedoso confronto do
Partido Comunista da Alemanha".
Entretanto, o inquérito do incêndio do Reichstag continuou, com o nazismo ansioso para descobrir a cumplicidade do
Comintern no fato. No início de março de 1933, foram presos três búlgaros que estavam desempenhando funções cruciais durante a triagem de Leipzig, também conhecida como o "Inquérito do Incêndio do Reichstag":
Georgi Dimitrov, Vasil Tanev e Blagoi Popov. Os búlgaros eram conhecidos da polícia da
Prússia como ativistas seniores do
Comintern, mas ela não tinha ideia do nível de liderança de cada um: Dimitrov era chefe de operações em todos os
Comintern da
Europa Ocidental.