Henrique II ( – ), também conhecido como
Henrique Curtmantle,
Henrique FitzEmpress ou
Henrique Plantageneta, foi o
Rei da Inglaterra de 1154 até sua morte, também governando como
Conde de Anjou, Conde de Maine,
Duque da Normandia, Duque da Aquitânia,
Conde de Nates e Lorde da Irlanda; em vários momentos, também controlou
Gales,
Escócia e a
Bretanha. Era filho de
Godofredo V de Anjou e
Matilde de Inglaterra, filha do rei
Henrique I de Inglaterra. Ele envolveu-se aos catorze anos nos esforços de sua mãe para
reivindicar o trono inglês ocupado por
Estêvão de Blois. Henrique foi feito
Duque da Normandia e herdou
Anjou em 1151, casando-se pouco tempo depois com
Leonor da Aquitânia, cujo casamento com o rei
Luís VII de França havia sido anulado. Estêvão concordou com um
tratado de paz depois de uma expedição de Henrique a
Inglaterra em 1153. Estêvão morreu no ano seguinte e ele ascendeu ao trono.
Henrique era um governante energético e as vezes implacável, motivado por um desejo de restaurar as terras e privilégios de seu avô. Durante seus primeiros anos de reinado ele restaurou a administração real, restabeleceu a hegemonia sobre Gales e conseguiu o controle total de suas terras em Anjou,
Maine e
Touraine. O desejo de Henrique de reformar a relação com a
Igreja Católica levou a um conflito com seu antigo amigo
Tomás Becket, o
Arcebispo da Cantuária. Essa controvérsia durou boa parte da década de 1160 e resultou na morte de Becket em 1170. Ele logo entrou em um conflito com Luís VII e os dois reis travaram durante décadas aquilo que foi chamada de "guerra fria". Henrique expandiu seu império, frequentemente às custas de Luís, tomando a Bretanha e indo para o sul até
Toulouse; apesar de várias conferências de paz e tratados, nenhum acordo duradouro foi alcançado. Ele controlava por volta de 1172 a Inglaterra, boa parte de Gales, a metade leste da
Irlanda e a metade oeste da
França, uma área que posteriormente foi chamada de
Império Angevino.
Henrique e Leonor tiveram oito filhos. Enquanto cresciam, começaram a aparecer tensões sobre a futura herança do império, encorajados por Luís e seu filho
Filipe II. Seu
herdeiro aparente Henrique, o Jovem, rebelou-se em protesto em 1173; ele foi apoiado por seus irmãos
Ricardo e
Godofredo e pela mãe. A França, Escócia,
Flandres e
Bolonha aliaram-se aos rebeldes. A
revolta foi derrotada através de uma ação militar vigorosa e pelo talendo de comandantes locais, muitos dos quais eram "homens novos" nomeados por sua lealdade e habilidades administrativas. Henrique, o Jovem, e Godofredo rebelaram-se mais uma vez em 1183, resultando na morte do primeiro. A invasão normanda da Irlanda deu terras para seu filho mais novo
João, porém o rei lutou para encontrar meios de satisfazer os desejos de terras e poder imediato de seus filhos. Filipe conseguiu usar os medos de Ricardo que Henrique faria de João seu sucessor, com uma última rebelião começando em 1189. Derrotado pelo rei francês e pelo filho e também sofrendo de uma
úlcera péptica, Henrique retirou-se para
Chinon em Anjou, onde morreu em julho.