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Guerra Civil do Iêmen do Norte
A Guerra Civil do Iêmen do Norte foi travada no Iêmen do Norte entre os monarquistas do Reino do Iêmen e facções da República Árabe do Iémen entre 1962-1970. A guerra começou com um golpe de Estado realizado pelo líder republicano, Abdullah as-Sallal, que destronou o recém-coroado Imam Al-Badr e declarou o Iêmen como república sob a sua presidência. O Imam fugiu para a fronteira da Arábia Saudita e conquistou apoio popular, e formou uma resistência às tribos legalistas conservadores no norte de seu reino.

Durante os confrontos entre os dois lados, os rebeldes formaram a República do Iémen, um Estado pan-árabe, que tinha fortes ligações com o regime de Nasser no Egito (que na época ainda era conhecido como a República Árabe Unida) e são referidos como "republicanos". Os guerrilheiros leais a Imam Muhammad eram conhecidos como "realistas", e receberam apoio material da Arábia Saudita e da Jordânia, e o apoio diplomático da Grã-Bretanha, bem como mercenários europeus contratados pelo sauditas, enquanto os republicanos foram apoiados pelo Egito e teriam recebido aviões de guerra da União Soviética. Tanto as forças estrangeiras irregulares quanto as convencionais foram envolvidas. O presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser, apoiou os republicanos com até 70.000 soldados. Apesar de vários movimentos militares e conferências de paz, a guerra afundou-se em um impasse. O comprometimento do Egito na guerra é considerado como tendo sido prejudicial ao seu desempenho na Guerra dos Seis Dias de junho de 1967, posteriormente Nasser passou a acreditar cada vez mais que seria difícil manter a participação do seu exército e começou a retirar suas forças para fora do Iêmen.

Em 1970, o Rei Faisal da Arábia Saudita, reconheceu a república e uma trégua foi assinada. Historiadores e militares egípcios referem-se à guerra como Vietnã do Iêmen, em referência à Guerra do Vietnã. Já o historiador Michael Oren (atual embaixador de Israel nos EUA) escreveu que a aventura militar do Egito no Iêmen foi tão desastrosa que "a iminente Guerra do Vietnã poderia facilmente ter sido apelidada de Iêmen Americano."


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